por Mikella Marley
A ameaça do ransomware não é segredo — ele figura como uma das principais ameaças em 92% dos setores e mais de três quartos dos líderes de segurança apontam o ransomware como sua maior preocupação em cibersegurança. Ainda assim, os ataques aumentaram mais de 100% em 2025. Embora as equipes de segurança compreendam os riscos, têm dificuldade em conter adversários cada vez mais sofisticados.
Para proteger-se adequadamente contra ransomware, as organizações precisam priorizar a resiliência cibernética e a contenção de ameaças, fortalecer suas redes de forma proativa e corrigir fraquezas que permitem o movimento lateral e a elevação de privilégios por parte dos invasores.
Vamos analisar o que constitui uma proteção eficaz contra ransomware, destacar pontos cegos que facilitam os ataques e apresentar estratégias práticas para detê-los em tempo real.
Como Prevenir Ataques de Ransomware
As melhores práticas para prevenir ransomware são semelhantes às de defesa contra qualquer ataque e incluem:
- Segmentação de rede: Uma rede bem segmentada isola o atacante, impedindo a propagação.
- MFA: Credenciais roubadas ou mal utilizadas são ferramentas comuns de invasores; proteger o acesso privilegiado com autenticação multifator limita fortemente o impacto.
- Zero Trust: Implementar uma arquitetura de confiança zero impede acessos não autorizados e reduz riscos proativamente.
- Backups: Manter backups regulares e criptografados em ambiente isolado garante recuperação mesmo se os dados forem criptografados.
- Monitoramento contínuo e resposta: Detectar e reagir rapidamente a atividades suspeitas ajuda a identificar ameaças emergentes. Observação: soluções EDR não impedem movimento lateral — detectar não basta, especialmente se for tarde demais.
- Defesa perimetral robusta: Fortalecer a proteção do tráfego Norte-Sul com NGFWs e controles de acesso granulares reduz a exposição.
- Desativar portas e serviços desnecessários: Fechar protocolos remotos não utilizados (RDP, SMB etc.) e impor controles rígidos reduz a superfície de ataque.
Mesmo com aumento nos investimentos em segurança, os grupos de ransomware estão mais inteligentes e discretos. Com mais de 60 grupos ativos, muitos aumentaram suas vítimas em mais de 200% no último ano. As ameaças evoluem para contornar estratégias tradicionais, tornando abordagens apenas preventivas insuficientes.
Segundo Dr. Chase Cunningham, o Dr. Zero Trust, quem ainda acredita que evitar completamente uma violação é viável precisa mudar de mentalidade: “Algumas pessoas ainda não aceitam que uma violação é inevitável e não aplicam controles para limitar seu alcance… é aí que erramos feio.” Ou seja, a contenção de violação, via controle de acesso granular, é essencial.
Contenção de Violação: Minimizar o Impacto
Mais do que impedir a entrada do ransomware, a melhor forma de evitar desastres é garantir que, ao invadir, o adversário não consiga ir além. Como o objetivo do ransomware é criptografar ativos ou extrair dados valiosos, impedir o movimento lateral é fundamental.
Isso é mais fácil do que parece — com microsegmentação dinâmica e MFA sobreposto por identidade, a resiliência cibernética é viável.
Assim, a melhor estratégia de proteção combina abordagens proativas para bloquear caminhos de ataque e fortalecer a postura de segurança. Mas é preciso primeiro entender as brechas que permitem a entrada do ransomware — e como corrigi-las.
Reforçando a Proteção Contra Ransomware: Como Corrigir as Principais Fraquezas da Rede
Ataques de ransomware seguem um padrão conhecido: obter acesso inicial, movimentar-se lateralmente, escalar privilégios e espalhar o malware. Mesmo com defesas modernas, os invasores exploram vulnerabilidades antigas, geralmente ignoradas.
Veja cinco fraquezas comuns — e evitáveis — que permitem o sucesso do ransomware, além de estratégias para eliminá-las:
- Contas de Serviço com Permissões Excessivas
Contas de serviço operam em segundo plano, são difíceis de monitorar e geralmente negligenciadas. Muitas têm permissões amplas ou até direitos de administrador de domínio — alvos perfeitos para grupos de ransomware.
Uma vez comprometidas, essas contas fornecem acesso suficiente para movimentação lateral e disseminação do ataque.
Como corrigir:
- Auditar contas de serviço e restringir acesso apenas ao necessário.
- Usar segmentação baseada em identidade para evitar permissões excessivas.
- Aplicar MFA em logons privilegiados e proteger todas as portas privilegiadas.
- Arquitetura de Rede Plana
Redes planas, sem controles internos, são comuns em organizações que focaram apenas na proteção perimetral. Para o ransomware, são um prato cheio: um ativo comprometido pode alcançar todos os outros.
Como corrigir:
- Implementar microsegmentação para isolar ativos e proteger tráfego Leste-Oeste.
- Impor o princípio do menor privilégio em toda a rede.
- Combinar um firewall de próxima geração (NGFW) com segmentação para uma defesa em camadas.
- Conexões com Terceiros e Fornecedores
Conexões via VPN, ferramentas de acesso remoto ou serviços em nuvem frequentemente introduzem políticas de segurança inconsistentes. Como destacou Aaron Steinke, da La Trobe Financial:
“Historicamente, notamos que as pessoas têm mais acesso à rede quando estão na VPN, porque não conseguimos categorizá-las ou classificá-las corretamente.”
Ataques frequentemente começam por essas conexões mal protegidas.
Como corrigir:
- Aplicar controles granulares para limitar acesso de terceiros.
- Consolidar acessos de fornecedores em uma única solução.
- Exigir MFA para todos os logons de terceiros.
- Protocolos de Gerenciamento Remoto Inseguros
Serviços remotos são alvos comuns. Invasores procuram portas abertas de RDP, SSH ou WinRM e utilizam credenciais roubadas para se mover pela rede.
Quando mal protegidos, esses protocolos facilitam o ataque.
Como corrigir:
- Fechar todas as portas privilegiadas por padrão.
- Aplicar MFA sob demanda para liberar o acesso.
- Limitar movimentos com controles de acesso baseados em identidade.
- Regras Estáticas e Políticas Manuais
Firewalls e ferramentas de segmentação que dependem de regras estáticas e manutenção manual ficam obsoletos rapidamente. Ambientes dinâmicos requerem políticas adaptativas.
Como corrigir:
- Aplicar políticas adaptativas com base em comportamento contínuo.
- Implementar segmentação holística para criar uma arquitetura Zero Trust com segurança resiliente.
Como a Zero Networks Bloqueia Ransomware e Contém Ameaças em Tempo Real
Com a Zero Networks, é possível resolver todas as lacunas que o ransomware explora — em uma única plataforma. Diferente das ferramentas tradicionais que dependem de detecção ou perímetro, a Zero oferece proteção em tempo real ao:
- Orquestrar firewalls nativos para segmentar cada ativo e aplicar menor privilégio.
- Usar controles de acesso sensíveis à identidade para proteger contas privilegiadas.
- Aplicar MFA sob demanda na camada de rede.
- Adaptar políticas de forma automática conforme a rede evolui — sem necessidade de manutenção manual.
Experimente a Zero Networks e descubra como fortalecer sua segurança de rede e combater ransomware de forma proativa. Entre em contato e agende já uma demo conosco em: contato@cybergate.solutions