Publicado em 24 de setembro de 2025
Por Michael Rothschild
O alerta da Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) mostra o quão frágeis e interconectadas nossas cadeias de suprimento digitais se tornaram. Um ataque em larga escala à cadeia de suprimento de software, direcionado ao ecossistema npm — base de aplicações modernas da web e corporativas — já comprometeu mais de 500 pacotes. O worm, batizado de “Shai-Hulud”, coletou credenciais de nuvem (AWS, GCP, Azure) e tokens de acesso pessoal do GitHub, propagando-se em seguida ao injetar código malicioso em pacotes adicionais.
O Shai-Hulud é apenas o mais recente de uma onda crescente de compromissos na cadeia de suprimento. A Gartner prevê que, até 2026, 45% das organizações sofrerão ataques à sua cadeia de suprimento de software, o triplo do registrado em 2021. Mais uma prova de que os métodos tradicionais de segurança e programas de correção não são mais suficientes. Quando o seu negócio depende de software open source e integrações de terceiros, sua superfície de ataque se expande muito além dos dispositivos e sistemas que você controla diretamente.
A Cadeia de Suprimento é o Novo Campo de Batalha
Considere isto: 94% das aplicações utilizam componentes open source, e 84% das empresas sofreram ataques à cadeia de suprimento de software nos últimos 12 meses. Ameaças como o Shai-Hulud se espalham rapidamente porque o desenvolvimento moderno depende fortemente de registries como o npm, onde uma única dependência comprometida pode atingir milhares de organizações.
Para as empresas, a vulnerabilidade já não se limita a saber se seus sistemas estão atualizados ou monitorados, mas se as bibliotecas de código, APIs e parceiros externos dos quais dependem estão realmente seguros.
Por que o Continuous Threat Exposure Management (CTEM) é Essencial
A visão da Armis é clara: o CTEM precisa abranger todo o ecossistema digital, incluindo ativos internos, a cadeia de suprimento e todas as conexões de terceiros das quais sua operação depende.
Um programa moderno de CTEM não é apenas um inventário pontual ou um scan trimestral. Ele exige:
- Inventário abrangente de ativos e consciência situacional:
Todo ativo conectado faz parte da superfície de ataque, de laptops de desenvolvedores a dispositivos IoT não gerenciados, passando por integrações SaaS de terceiros. Pesquisas da Armis Labs mostram que 40% dos ativos conectados em grandes empresas são não gerenciados ou desconhecidos, expondo riscos críticos.
- Entendimento do impacto de vulnerabilidades no negócio:
Nem toda falha tem o mesmo peso. O CTEM exige correlacionar vulnerabilidades ao contexto de negócio: quais sistemas se conectam a dados sensíveis de clientes? Isso permite priorizar riscos com maior potencial de impacto operacional e financeiro.
- Alerta precoce na cadeia de suprimento:
Ameaças como o Shai-Hulud se espalham em horas, não em meses. Monitoramento contínuo de dependências, alertas em tempo real e correlação de anomalias em todo o ecossistema estendido são indispensáveis.
- Priorização e mitigação eficaz de riscos:
Em ataques à cadeia de suprimento, não é possível corrigir tudo. O CTEM permite focar a resposta em ativos críticos: pipelines de desenvolvimento, dados sensíveis e sistemas expostos ao público.
Lições do Shai-Hulud
Esse incidente reforça verdades fundamentais:
- Desenvolvedores fazem parte da superfície de ataque: credenciais e tokens são alvos prioritários.
- Dependências aninhadas escondem riscos reais: uma biblioteca vulnerável, enterrada em múltiplos níveis, pode comprometer toda a empresa.
- Visibilidade profunda e contínua é inegociável: sem monitoramento constante, sua cadeia de suprimento pode se tornar a porta de entrada do adversário.
Protegendo o Ecossistema Digital Estendido
Para enfrentar essa realidade, as organizações precisam ir além da correção reativa e adotar uma gestão proativa de exposição. Isso inclui:
- Criar inventários vivos de ativos, com atualização em tempo real.
- Correlacionar vulnerabilidades com ativos críticos ao negócio.
- Estender o CTEM para terceiros, APIs e ecossistemas em nuvem.
- Implantar sistemas de alerta precoce para detectar ameaças antes que se espalhem.
Do ponto de vista da Armis, o ataque Shai-Hulud reforça uma única verdade: proteger a empresa hoje significa proteger a empresa estendida — de cada dispositivo no seu ambiente a cada dependência na sua cadeia de suprimento. É isso que o CTEM proporciona: visibilidade, priorização e alerta precoce para estar sempre um passo à frente da próxima ameaça.Saiba como a Armis pode fortalecer sua estratégia com o Centrix e proteger seu ecossistema digital contra ameaças complexas da cadeia de suprimento. Solicite uma demonstração em cybergate.solutions.